A assertividade é uma forma de comunicação clara e direta, onde o respeito por si próprio e pelo outro tem um papel fundamental.
as·ser·ti·vi·da·de, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa:
1.Qualidade do que é assertivo.
as·ser·ti·vo, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa:
1.Que tem carácter de asserção. “assertivo”;
2.Que declara ou afirma algo.
Ser assertivo é mesmo isto: declarar ou afirmar algo.
Declarar ou afirmar os nossos pontos de vista de forma clara e confiante, defendermo-nos a nós próprios e às nossas ideias de forma ajustada, reconhecendo que essas mesmas ideias são tão válidas como as dos outros. Assim como os nossos sentimentos e necessidades têm igual importância.
Significa: não nos sobrepormos ao outro e ao mesmo tempo não permitir que o outro se sobreponha a nós. Ser assertivo é ser equilibrado, entre a expressão do que acreditamos ou sentimos e a escuta do que o outro acredita ou sente, enquanto semelhante.
Formas de ser assertivo:
1.Reconhecer os seus direitos
Reconhecer o direito em si e no outro, de ser respeitado, de exprimir os seus sentimentos e opiniões, de dizer “não” e até mesmo de mudar de opinião.
2. Usar frases começadas por “Eu…”
Este aspeto é de grande importância, no sentido que permite a pessoa afirmar-se. Eu quero… Eu preferia… Eu não gosto quando… Eu sinto que…
3. Adequar o seu tom de voz e postura facial.
O tom de voz e postura facial devem ser congruentes com o que se está a dizer. Exemplo: se num casal, um dos elementos demonstra estar chateado/zangado e o outro lhe pergunta o que se passa e esse elemento responde: “nada”, não vai permitir que o conflito seja resolvido.
4. Explicar como o comportamento do outro o faz sentir.
Se o comportamento de outra pessoa o fizer de alguma forma sentir desconfortável, por exemplo, um amigo que faz piadas recorrentes acerca de uma característica sua ou alguém que constantemente lhe toca no braço enquanto fala, etc… Deve dizê-lo, em primeiro lugar, porque permite à pessoa perceber que o está a incomodar e, em segundo lugar, porque tem esse direito.
5. Manter-se firme, transmitir confiança e segurança.
Por vezes parece-nos mais fácil ser passivos e deixar os outros “ter razão” ou encarregues de alguma decisão, principalmente quando do outro lado o tentam fazer. Contudo, esta atitude também não nos permite evoluir e desfrutar dos nossos direitos na plenitude. Por vezes, é importante insistir mesmo quando há uma resistência do outro lado.
6. Manter o equilibro: não ser demasiado passivo nem agressivo.
Ao defender os seus direitos de forma firme, é também necessário ter controlo suficiente para não se tornar agressivo. É importante perceber que tem os seus direitos e que as suas necessidades são válidas mas as dos outros também são, e merecem ser valorizados e tidos em conta.
Exemplo prático: A Maria tem um horário fixo. E o seu chefe pediu-lhe para alterar o seu horário durante uma determinada semana, contudo Maria não tem disponibilidade. O que é que a Maria pode fazer:
-Comportamento passivo: Aceitar o turno, descartando as outras responsabilidades
-Comportamento assertivo: Dizer ao chefe: “Eu não posso fazer esse turno porque já tenho compromissos que não posso alterar. Os horários que combinamos não previam alterações deste tipo, uma solução poderá ser… o que acha?”
-Comportamento assertivo: Aceitar o turno, se houver possibilidade alterar os outros compromissos. Dizer claramente ao seu chefe que terá de cancelar compromissos, e pedir na próxima vez lhe diga com mais antecedência.
-Comportamento agressivo: Recusar-se a fazer o turno, ficar ansiosa, discutir com o chefe pela quebra de acordo.
Ser assertivo nem sempre é fácil, e pode ser um grande desafio. Por vezes, é difícil controlar as nossas emoções. Por outro lado, nem sempre a resposta do outro é que a desejamos.
É importante lembrar que NINGUÉM é 100% assertivo. Contudo, esta atitude garante relacionamentos mais saudáveis, maior autoestima, maior facilidade de resolução de conflitos e menos ansiedade.